Gabinete do Presidente do Partido

-Jornal, senhor? Refere-se a algo como aquela pinoia sensacionalista dos fascistas?

- Sim, eu e o Sr.Anibal planejamos criar um jornal, mas ele sera diferente do dos fascistas, mas lembre-se Sr.Divily, eu faço qualquer coisa pelo bem de meu pais.

- Senhores, vou me retirar, irei ao parlamento, temos uma eleição a começar e já estamos atrasados, os fascistas irão querer minha cabeça pelo meu atraso hahaha, ate logo.

Então William sai da sede do partido e vai para o parlamento.

Ao receber ordens para ir até a sede do Partido Conservador, Ivysson sai da Praça Victor I, e correndo, encontra o comandante do II Pelotão e ordena-lhe:

- Tenente, quero que a III Seção bloqueie todas as possíveis e imagináveis saídas da Sede do Partido Conservador. Não quero que nenhum tiro seja disparado sem minha ordem. Quero que a IV Seção vá para a casa do Sr. Rose, se ele estiver lá, seus homens podem prende-lô. Você e mais seis homens me acompanhem , iremos até o Gabinete do Sr. Rose.

Ivysson, o tenente do II Pelotão e mais seis homens adentram a sede do Partido Conservador. Eles caminham a passos largos e com pistolas e armas em punho. Chegando ao gabinete, as portas encontram-se fechadas. Ivysson bate na porta e nenhum sinal de vida do outro lado. Ele então ordena:

- Soldado, ponha esta porta abaixo !

O soldado a derruba. Quando a porta esta a cair, Ivysson e seus subordinados ponhem se em posição de tiro. Eles adentram a sala, mas não havia ninguém.

- Droga. Ele deve estar no Parlamento !

Ivysson escreve uma carta para o Marechal, entrega a um soldado e diz:

- Para o marechal. Rápido !!!

Um soldado da Guarda Pessoal do Marechal, chega correndo, carregando um rifle com baioneta em uma mão e um bilhete na outra. Prestado continência, ele estende o braço com o bilhete para o Capitão Hohenzollern.

Spoiler:

Após ler uma carta do Marechal e ser informado que a IV Seção não encontrou Rose em sua casa, Ivysson fica indignado.

- Não é possível ! Rose não está aqui, nem no Parlamento e tampouco em sua casa ? Eu mesmo irei a casa dele, e irei encontra-lo, a IV Seção não procurou direito. Tenente, você vem comigo. Sargento, fique com seus homens, permaneça na posição e não saia daí.

O Capitão sai da Sede do Partido Conservador e vai até a casa do Sr. Rose.

Depois de ser solto William volta para a sede do partido, quando volta o mesmo encontra o seu gabinete e todo o prédio revirado, cheio de papeis, documentos e moveis no chão, então ele manda os empregados limparem aquela bagunça e vai ate seu gabinete onde começa a escrever um decreto partidário.

Já mais calmo e seguro devido aos últimos acontecimentos, Divilly atravessa o corredor do edifício sem hesitação, adentrando o gabinete do Sr. Rose com o rosto inexpressível e as sobrancelhas inertes.

-Disseram-me que vós queria falar comigo sobre o golpe.

Ao ver a chegada de divily, William se levanta e diz:

- Venha, entre, pode se sentar.

William tranca a porta do gabinete, se vira para Divily e diz:

- Então Senhor, poderia me explicar sobre sua fuga covarde no dia do golpe? Não estou criticando, apenas quero uma explicação plausível. Vamos diga me.

O olhar de Divilly agora estava entre o transtorno e a amargura; ele aponta o dedo para Rose e protesta:

-Quem é vós para me tomar por covarde? Um traidor, isto que é, que traiu o grande conservadorismo serafiano! Admitiste que gostaria de ter participado na deposição do rei Victor! Em noutros tempos, já estaria com a cabeça na estaca por isso! E eu, aquele que você chama de covarde, bradei em favor de sua Majestade mesmo quando os fascistas e o falso monarca me opuseram! Fugi, sim, fugi! Só tolos pensam que, encarcerados, podem mudar alguma coisa! Deverias estar feliz por eu ainda pisar neste chão, que vós sujaste com sua deslealdade.

Depois de ouvir as palavras de divily, William fica tocado pela resposta do mesmo e diz:

- Obrigado pela resposta meu caro, mas agora irei te falar umas coisas.

William toma um copo d'agua e diz:

- Com que direito o Senhor me acusa de traição? Me diga quando trai o Rei e nosso lema? Ha! Senhor Wladislawsky, não podes me acusar de nada se não sabes de toda a historia, depor o Rei? Sim, eu desejava isso, Por meio de um golpe militar fajuto? E claro que não! Eu desejava depor o Rei por meio de uma votação popular, eu já havia dito isso ao Príncipe de Vinasia, mas o mesmo não me escutou e preferiu ser convencido pelos fascistas a dar um golpe! Também me acusas de trair nosso lema, mas me diga Senhor Wladislawsky, o Senhor continuaria apoiando um Rei não presente que simplesmente não comparece aos compromissos da Monarquia, tendo que depender de seu primo para isso, você continuaria o apoiando por causa de uma simples regra moral e simbólica? Outro lema nosso e servir a nação e isso que eu pretendia, depor o Rei sim mas por meios democráticos! O Senhor me acusas de ser tolo, mas eu enfrentei o ex marechal e aceitei ser preso, de um jeito honrado, enquanto vos fugias! Então Senhor Divily, espero que saibas onde estas, se não sabes, que sejas bem vindo a um mundo de intrigas, traições e complôs, existe algo muito superior aos debates parlamentares, achavas que o Senhor sabia disso, mas pelo jeito não, mas admiro isso em vós, o Senhor e muito mais forte do que os homens que se dizem honrados nessa nação.

William toma outro gole de água e volta a dizer:

- E sobre essa afirmação de cabeças em estacas? Ha! Gostei dessa idéia. Hohoho.

- Bem, mas eu ainda quero que o Senhor sejas Comissário de ética do Parlamento, por motivos óbvios.

Descrente, Divilly fita o presidente do Partido enquanto se senta, como se previsse uma longa discussão.

-Ó, Rose, ó... Chama-me de ingênuo enquanto vós insiste numa ignorância infantil... Depor nosso monarca por meios democráticos? Achas que eu nasci ontem? Por plebiscitos ou por golpes, o estrago e a transgressão é a mesma. Foste vós que colocastes Victor no trono? Não, não foste. Com que direito iria, então, tirá-lo de lá? Chama o direito divino dos reis de "simples regra moral e simbólica" enquanto se entregaste a prisão por causa de palavras que simplesmente enaltecem seu ego. E ainda por cima, insinua que em nossa nação a criminalidade e as perfídias são mais úteis do que o debate das leis. Se for para viver cercado de coisas assim, que o senhor faça bom proveito do seu comissariado.

- Não insisto em nada Senhor, apenas te expliquei como funcionam as coisas nesse país, mas por acaso eu disse que participo e apoio tais atos? Acho que não hein. Mas me responda, se um Rei se mostra incapaz de deter sua posição, trai o país, se junta aos fascistas, destrua a democracia e faça o país se tornar um reduto de fascistas, o Senhor mesmo assim o continuaria o apoiando? Lembre-se que isso e apenas um exemplo, então responda minha simples pergunta.

- Mas continuo insistindo que aceite a posição que te ofereço Senhor.

-Se em suas veias corresse sangue real e ele fosse o legítimo monarca, então eu o apoiaria independentemente das demais questões. É isso o que todo verdadeiro conservador faria. Quanto ao cargo, só o aceito se vós antes jurar sua lealdade ao rei Victor enquanto estiver no comando deste Partido. Afinal, fora destas quatro paredes não me importa suas intrigas.

- Apenas tenho que dizer que o Senhor acaba de trair um de nossos lemas que e zelar pela democracia Senhor, se um rei fosse um déspota e obvio que eu não me importaria se ele tem sangue real ou não, apenas pensaria no bem estar do povo Seráfiano. Mas bem, insistes que eu declare apoio ao Rei, bem alguma vez declarei por meio de decreto que eu não apoio o Rei Victor? Sendo assim, a opinião publica ainda diz que sou leal ao mesmo, não achas?

-Não me entendeste, Excelência. Quero que jure aqui, nesta mesma ocasião, sem papas na língua ou desculpas. E acrescento que erraste em sua concepção: declarar apoio pode significar tanto deixar de ser contra como sair da neutralidade.

- Entao que sejas!

- Eu William Wallace Rose juro lealdade ao Rei Victor I, desde de que o mesmo cumpra com seu dever com a pátria e o povo sem mais abandonar os seus deveres com o Reino, sendo assim juro defender a Monaquia e seus afins, alem de defender a Casa Real de Medeiros de seus inimigos.

- Satisfeito, Excelência?

Divilly acena positivamente com a cabeça e deixa o recinto dizendo que aceitava o Comissariado.

William põe-se a trabalhar, enquanto espera uma resposta do Rei.