Palacete da Familia Desslock
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Palacete da Familia Desslock
Nome completo, Alieksiêi Nicolaevitch Desslock, os conhecidos, podem chamar de Alexei e os íntimos de Aliócha. Nascido em 24 de Outubro de 1863, em Moscou, Rússia. Filho de Nicolai Afanassiovitch Deslokov e Anne Burgess; Nicolai, filho de Afanassi Deslokov, era militar e um membro de alguns círculos do regime czarista na Rússia, mas, teve ligações com grupos liberais e republicanos, entretanto pessoalmente, não foi republicano, só liberal, tendo apoiado, por exemplo o fim da servidão e a abertura econômica do Império. Essas relações com liberais, levou a sua morte na Revolução Vermelha. Anne Burgess, filha de Edward Maynard Burgess, um rico, apesar de pequeno, industrial vanguardista do norte da Inglaterra, possuidor de algumas fabricas em Liverpool e Birmigham.
Alieksiêi cresceu em uma propriedade rural dos Deslokov, próxima à Moscou. Nicolai podia pagar professores particulares, e foi assim que cresceu até os catorze anos, quando foi enviado para Moscou para terminar o colegial, e depois São Petersburgo para fazer universidade. Aos 26 anos, tendo em tempo recorde se formado Doutor em Direito, decidiu viajar, e viajou assim por 28 anos. Acumular sabedoria e experiencias era seu vício, de fato.
Saindo da Rússia, no começo de 1889, foi para Paris, e logo depois para o Brasil, a sugestão de um autor e seu amigo que conheceu em Paris, Raul Pompeia. Viajou ao Brasil apenas a tempo de ver os últimos meses do regime monárquico, que se se tornara forte apoiador. Viveu no Brasil até 1892, quando foi obrigado a sair do país por perseguição do governo Floriano Peixoto. No Brasil, entrou em comunidades intelectuais como a ABL e saraus diversos. Fez amizade com Machado de Assis, Aluísio Azevedo, e Olavo Bilac. Saindo do Brasil com seu exílio, foi à Alemanha.
Na terra dos germanos, entrou em contato com Friedrich Nietzsche, apesar dele já ter sofrido o colapso mental, e também sofreu muita influencia de Engels, que professou-lhe o marxismo. Durante sua época na Alemanha absorveu muitas idéias e filosofias que acabaram por influenciar o Fascismo Serafiano no futuro, em especial o Idealismo Alemão e a Precedência do Estado, de Hegel. Foi o contato com o marxismo que levou-o para o caminho da esquerda nessa época, até a Revolução Russa. Tornou-se primariamente anarquista, com muita influencia de um compatriota, Piotr Kropotkin. Tudo isso teve uma forte influencia na vida de Desslock.
Em seu período anarquista, ele via a necessidade de um semi-anarquismo primordial antes da concretização do ideal anárquico, ou seja, um partido ou movimento fortemente hierarquizado antes de poder causar a Revolução e o fim do Estado Capitalista e Tirânico. Ele foi assim, até cerca de 1898, quando, fazendo um curto retorno à Rússia, participou de reuniões e grupos dos bolcheviques. Assim, em 1898-99, ele já estava manifestando e protestando defendendo o marxismo. Participou da reunião, que em Minsk, fundou o Partido Operário Social Democrata Russo, futuro Partido Comunista Soviético. Nos idos de 1900, pariu da Rússia, dizendo que iria viajar e professar o marxismo por terras oprimidas que ainda não viam escapatória para o sistema capitalista. Na Rússia viu os pais apenas uma vez, e tiveram uma dura discussão.
De 1900 à 1902, viveu na Inglaterra, e muito discutiu com os familiares que viviam em Liverpool. Em 1902, o tio que administrava a empresa fundada pelo Avô de Aliócha, expulsou-o de casa. Aliócha foi para a Bélgica, onde teve um derrame em Antuérpia em Outubro de 1903. Tendo se recuperado completamente em Janeiro de 1904, foi para a Turquia, onde viveu até o final do ano. Em 1905, após o Domingo Sangrento voltou a Rússia, para lutar pelos Sovietes. Entretanto, teve um choque com algumas atitudes tomadas pelo socialistas e comunistas durante a Revolução. Logo partiu da Rússia mais uma vez, sem ter tido a oportunidade de falar com conhecidos a respeito do que acontecia. Desiludido com o marxismo, a seita vermelha, exilou-se na Suécia até 1909. Tinha medo de retornar a Rússia, pois apesar do Czar ainda governar, os movimentos vermelhos não estavam mais fracos, muito pelo contrário. Recebeu uma carta do primo, Akcenti Akákievich, filho de Akáki Afanassiovich, irmão de Nikolai, que dizia que os pais haviam falecido. Houve um enterro breve e triste em Moscou. Ele entrou em depressão por não ver futuro na sua vida e ter abandonado sua família, isso gerou ódio contra si mesmo e contra os que haviam o dirigido por àquele caminho, os comunistas.
Entre 1909 e 1914, viveu o estilo de vida existencialista. Como pouco ou nenhum dinheiro, vivendo da benevolência de uma dona de pensão, que o permite viver em sua pensão de graça, pagando apenas um pouquinho quando ganhar alguma coisa traduzindo um texto ou dois do russo ou do alemão para o francês. Vagando por Paris, sem sentido na vida, participa de euforia de guerra em 1914, e tenta se alistar no Exército Francês, que o recusa por sua idade(53 anos). Abandona a França e se alista no Exército Alemão. Ele, francamente, não se importava em por qual país lutar, só queria ter a chance de talvez ganhar uma patente ou duas, quiçá uma medalha, antes de achar a morte numa trincheira. Só é aceito pelos alemães depois de se naturalizar na Alemanha. Em 1916, ostentando a patente de Primeiro Tenente, e uma medalha de mérito, vê alguma chance de levantar sua vida. Acaba sendo alvejado em outubro, e pede baixa. Em Berlim, abre um escritório de advocacia, e publica um curto texto, que acabou chamando a atenção da elite burguesa e industrial, por suas ideias autoritárias. Em 1918, a Alemanha assina o Armísticio de Compiègne, levando à falência do país e a queda da Monarquia.
Enquanto isso, na Rússia os revolucionários arrastam o país para o caos. [INACABADO]
Conforme o tempo passou, progrediu, e desenvolveu uma vontade de atuar na politica para ajudar Seráfia. Fundou o Partido Fascista Serafiano depois de voltar da Primeira Guerra Mundial com outros veteranos de guerra. Conseguiu se eleger parlamentar.
Recentemente, iniciou a redação de uma importantíssima lei: a Consolidação das Leis Trabalhistas. Também foi feito General de Exercito pelo Rei.
Acima, Alexei Nicolaevitch Desslock e Elise Augustine Debollè-Desslockaia.
Última edição por Alexei N. Desslock em Seg 16 Fev 2015, 16:19, editado 1 vez(es)
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
Um coche chamativo para abruptamente na alameda agraciada pelo formoso palacete. Levando às mãos a ponta de sua bafejada capa de veludo, Divilly desce garboso e, à passos rítmicos, se dirige ao longo jardim.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
Ao ver um cavalheiro, a distância cruzar o jardim do palacete, Alieksiêi dá ordens à criadagem, que preparam um chá no jardim traseiro, e abrem a porta da frente. Com pompa, o proprietário do palacete, está metido num capote com uma gola longa de pele de castor. Sua barba, que aparada em relação ao dia anterior, agora se assemelha à do último Kaiser, de verdade, na Áustria. Fumando um cachimbo de barro escuro, ele espera o cavalheiro chegar à porta.
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
Divilly desejou ter demorado mais para chegar até as colunas coríntias que davam à porta: fascinava-o a visão da fachada, agora muito mais próxima e bela com suas altas janelas e estátuas fixadas sobre os balaústres do terraço. Adentrando, sob uma chuva de vênias de criados, ele sorri e se encaminha até o imponente senhor que lhe esperava.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
Alieksiêi faz uma reverencia de saudação ao Senhor Wladislawski, e com um gesto da mão, lhe convida a entrar para a Sala Maior, onde chá o espera de frente à lareira apagada. Um criado se oferece para guardar as coisas do Senhor Wladislawski(?).
— Cavalheiro, sinto-me muito honrado com vossa presença, e imagino que esteja aqui, por conta do cartão que lhe deixei na Sala do Conselho Legislativo, não? — diz o anfitrião, dirigindo-se a sala.
OFF-TOPIC escreveu:
(?) = Eu disse "coisas", pois não sabia se possuía algum chapéu, capa ou bengala, ou sorte do gênero.
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
Divilly acena positivamente para o criado e segue o proprietário com os olhos fixos nos ornamentos da casa; poderia se pensar que ele estava delirando, surdo e mudo, até subitamente concordar:
-Sim, senador... De fato me senti atraído por conhecer vossa personalidade fora das fardas.
Ele completou com um riso desnatural, que mais pareceu um sussurro.
-Sim, senador... De fato me senti atraído por conhecer vossa personalidade fora das fardas.
Ele completou com um riso desnatural, que mais pareceu um sussurro.
OFF-TOPIC escreveu:Pensei que "?" queria dizer que era pra mim responder ao criado.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
— Sente-se por favor. — o anfitrião toma um gole de chá, e então mistura um pouco de leite no chá preto da Taprobana.— Em nenhum objetivo de rudeza, mas ainda assim, movido por curiosidade quase infantil que me impele a perguntar, não me seguro. Permita-me saber vossa opinião sincera sobre os estado atual da nação?
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
Divilly senta-se com certa familiaridade e dispensa um lacaio que veio lhe oferecer chá.
-Traz-me café, por favor.
Em seguida ele se vira para o gentil-homem e toma uma expressão mais séria.
-Bem, não seria segredo para vós dizer que me aborreço com a atual situação do Parlamento... Mas a ideia de estar preso à uma burocracia incontornável e ditatorial que impede-me de fazer o bem pela nação é algo que leva-me à pensamentos desagradáveis. Se colocassem-me junto ao Premier num quarto trancafiado, não posso assegurar-vos que me conservaria cavalheiro.
-Traz-me café, por favor.
Em seguida ele se vira para o gentil-homem e toma uma expressão mais séria.
-Bem, não seria segredo para vós dizer que me aborreço com a atual situação do Parlamento... Mas a ideia de estar preso à uma burocracia incontornável e ditatorial que impede-me de fazer o bem pela nação é algo que leva-me à pensamentos desagradáveis. Se colocassem-me junto ao Premier num quarto trancafiado, não posso assegurar-vos que me conservaria cavalheiro.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
— Eu o compreendo completamente. Entretanto, o senhor se manteve no partido... uhm... conservador, não? Não intendo a ser rude, muito pelo contrário, tudo oque objetivo é fazer uma analise empírica do ocorre.
O criado Grigóri trás uma xícara com café bem escuro, de porcelana, e oferece ao convidado. Também oferece o leite que está sobre uma mesa próxima às poltronas dos senadores.
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
Divilly apanha a xícara mas recusa o leite; gosta de saborear as bebidas na sua mais tangível pureza.
-Senhor Desslock, eu não pretendia iniciar uma discussão sobre partidos, mas com essa insinuação obriga-me a-o. Com base no que acusa o Partido Conservador de burocracia excessiva e medidas ditatoriais? Pensei que aquela questão do fechamento das pautas já estivesse resolvida há tempos...
-Senhor Desslock, eu não pretendia iniciar uma discussão sobre partidos, mas com essa insinuação obriga-me a-o. Com base no que acusa o Partido Conservador de burocracia excessiva e medidas ditatoriais? Pensei que aquela questão do fechamento das pautas já estivesse resolvida há tempos...
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
— Perdoe-me Excelência. Mas, não é sobre as medidas burocráticas e ditatoriais do PC, a que me refiro, mas ao conservadorismo que o tecnicamente impossibilita de lutar pelo progresso. Não digo que em outras épocas o PC não teve grande poder reformador, mas vivemos um período que urge por energia. Não é algo que um partido conservador tenha fibra para fazer. Se considerar isso rudeza ou uma ofensa, por favor, me perdoe.
Alexei N. Desslock- Mensagens : 212
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Re: Palacete da Familia Desslock
-Ofensa? Quando alguém dispara falácias eu certamente me ofendo, mas quando apenas expressa seu ponto de vista de modo algum. Respeito vossa opinião. A saber, não estamos em partidos diferentes exatamente por isso?
Divilly ri, desta vez genuinamente, contendo-se com um último gole no café.
Divilly ri, desta vez genuinamente, contendo-se com um último gole no café.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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Re: Palacete da Familia Desslock
Divilly deixa a residência e vai ao Parlamento.
Divilly Wladislawski- Mensagens : 88
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