[INTERATIVO] Vila de Ouro Negro

Senhores, é melhor eu partir agora, tenho que resolver algumas coisas no Tria gono. Adeus, senhores.

Alexei Nicolaevitch despede-se meneando a cabeça e vai embora rápido.

- Também tenho que sair senhores, ate mais tarde.

Alieksiêi Nicolaevitch entra, tem uma aparência irritadiça, e carrancuda. Completamente diferente de seu humor usual, ele está sombrio e sério. Logo vendo que ninguém discursa, toma a palavra, sem nem sentar-se em sua bancada parlamentar. Grigóri Vladimirovitch, seu secretário, vem correndo bem atrás dele, se esforçando para acompanhar o patrão.

- Senhores! Excelências! Fiquei furioso e inquieto quando percebi a ganancia das lideranças de vosso partido! Refiro-me claramente, a tu, Sr. Rose! Como podeis impedir o progresso da nação, impedindo projetos de lei, e maquinando teus filiados como peões apenas para disputar poder vão! É ignóbil a existência desta casa, se agiremos com falta de democracia, com ganancia, e sobre tudo, bloqueando boas ideias, porque foram propostas pelo partido rival! Eu lhe pergunto, que projeto de lei vosso partido fez? O meu partido está com dois em pauta, mas descaradamente, tu nos bloqueia, com uma maioria, que digo ser criminosa no Parlamento! O nosso partido, tem mai filiados, mas mesmo assim, sou o único senador pelo meu partido. Isso é errado, não?  Se tens algum valor pela democracia, concordai comigo! Bem, vós acuseis meu partido de movimento anti-democrático, golpistas, e outras ignobilidades. Mas, a volúpia reside em suas ultimas ações condizentes às votações nessa casa, completamente contra o progresso! Sendo assim, vou o mais cedo possível pedir eleições parlamentares adiantadas, para fazer justiça!

William que estava em seu gabinete ao ser informado sobre o que estava acontecendo no plenário, vai direto ao local e em tom alto diz:

- Excelência, me entristece saber que o senhor pensas isso de mim e de meu partido, não somos como vós e seu partido que convoca almas para uma ideologia estupida e falsa, fiz esse ato que insinua apenas para que duas propostas futuras de extrema importância recebam seu devido valor e atenção, se achas isso errado o senhor esta sendo anti ético. E sobre as Pls, acho muito boas, agradeço sua contribuição, mas de qualquer jeito serão bloqueadas ate o fim da votação das futuras propostas que tenho em mente. E sobre as eleições, me alegra saber que o Senhor deseja democracia e votação popular, eu também quero, assim iremos ver o que o povo quer, se querem conservadores éticos, compromissados e realistas ou fascistas militaristas, membros de uma ideologia totalitária e destruidora de nações. Então espero que não apontes mais seu dedo para me acusar de anti democrático pois pode sair daqui sem dedo hahaha, obrigado.

- Um absurdo! Desde quando tens o poder de fazer isso! Um ultraje eu digo! E ainda ameaças! É muito engraçado, chamar a si mesmo de conservador ético, quando trata com tanto desprezo essa instituição. Chama minha ideologia de estupida e falsa, mas, oque é conservadorismo? Manter o "status quo", ridículo! Vamos ficar presos a uma realidade derrotista! Futuras propostas que tem em mente? Bah! Abuso de poder! Se as tem em mente, redija, submeta, e a votaremos, em ordem de redação! Chama minha ideologia de destruidora de nações? Quando, eu pergunto, que nós fascistas tivemos a chance de ascender e mostrar ao mundo nossas boas idéias? Nunca! Já seus conservadorezinhos, quase mantiveram o absolutismo no mundo! Agora, eu finalizo aqui dizendo, se agirás com desprezo, violência e escarnio como acabas de fazer, eu digo que sua carreira politica já está no fim, assim como a tolerância deste país para com seu abuso de poder nesta casa! Ria de mim mais uma vez, e não terá mais felicidade em toda a sua vida para rir e fazer escarnio de quem leva a politica à sério, diferentemente de Vossa Excelência! Se para ti, a politica é uma guerra de gangues, a guerra total vem aí. - Alieksiêi está sombrio. Seus olhos castanhos enegrecem, e estão imoveis, encarando William Rose.

Divilly, que assistira a tudo impassível, se levanta e vai até o senhor Nicolaevitch, batendo palmas enquanto caminha pelo corredor central.

-Parabéns, senhores, parabéns. Transformaram esta tão honrada casa num palco de balbúrdia e ameaças. "Pode sair daqui sem dedo" "Não terá mais felicidade" -Divilly, jocoso, cita os parlamentares enquanto faz variados gestos e expressões. -Pelo rei, ameaças! Aonde estamos? Numa escola elementar? Por favor... E vós, senhor Alexei? Com que direito diz que nosso Presidente está maquinando seus filiados? Se isto foi uma afronta a mim, então saiba que não me incomodo com questões infundamentadas. Sim, infundamentadas: não me juntei ao Partido Conservador por minha própria vontade? Não foi há pouco tempo seu filiado eleito Primeiro-ministro desta gloriosa nação? E ele também não ressaltou os artigos da Constituição que dizem que o Presidente do Parlamento deve fazer oposição ao Primeiro-ministro? Cuidado, senhor Alexei, vossa faca fere em ambas extremidades. Não tangerei a discussão ideológica, pois temo que há questões mais delicadas a resolver, e esta não é a hora de aborrecimentos. Creio, contudo, que o senhor Rose há de reconsiderar algumas de suas atitudes, digamos, um tanto peculiares. -Divilly volta para o seu assento e evita os olhares.

William se levanta, olha rapidamente para o Sr.Divily e depois olhando para o Sr.Desslock diz:

- Bem, antes de tudo, me perdoe pela minha ''ameaça'', eu estava nervoso pela sua acusação que eu sou absolutista, coisa que com certeza não sou, caso o Senhor não saiba meu partido foi o propulsor da democracia em Serafia, fomos o primeiro partido a atuar na politica e lutamos pela democracia em nossa nação, e se o Senhor não sabe, Alexei, se não fosse por mim pode ser que ate agora o Rei, o Príncipe e o atual Primeiro-Ministro ainda tivessem conversando como aplicar a democracia no país, então Senhor Alexei, revise suas palavras antes de falar de mim.

Depois disso William pega algumas coisas faz uma pequeno gesto aos membros de seu partido e volta para seu gabinete.

- Compreendo. Creio que eu também tenha me exaltado, com a forma que causou represália contra o Senhor Hohenzollern, por ele ter saído do vosso partido, entendo. Também quero lhe dizer, que na cultura em que cresci, a cultura russa, chamar alguém pelo primeiro nome ou é intimidade, ou, nesse caso, falta de respeito, portanto chame-me pelo último nome apenas.

Anibal apenas observa tudo em silencio e com um sorriso nos lábios. Levanta-se e caminha até a tribuna onde faz um breve discurso.

__ Bem senhores, acho que todos estamos um pouco exaltados. Apenas quero lembrar ao senhor Desslock que uma eleição parlamentar a esta altura estaria diretamente condicionada a uma eleição do executivo. Isso não seria benéfico para a solidificação de nosso sistema de governo, poderia levar o povo a crer que existe uma rixa dentro do próprio governo, oque poderia levar a guerra civil novamente, incitada por homens perversos que desejam o fim de nossa pátria unificada... Por isso pelo bem da paz, sejamos civilizados e cavalheiros.

Após uma breve pausa, sai a ultima frase.

__ Obrigado...

Chegando ao Parlamento, William tira seu casaco vai a mesa presidencial do plenário e diz:

- Senhores, declaro abertos os trabalhos parlamentares de hoje.

Chegando ao Parlamento William se senta em sua mesa presidencial e diz:

- Senhores, boa tarde, declaro abertos os trabalhos dessa casa, peço rapidez para a aprovação da PL 04, pois somente assim libarei as otras PLs para votação, obrigado.

Rapidamente, soldados do Exército invadem o Plenário, armados com suas baionetas, rendem todos os parlamentares presentes.


O Marechal entra, cercado pelos oficiais do I Pelotão de Infantaria, e vai direto ao púlpito.

- Senhores! A Revolução chegou! O entreguismo liberal e internacionalista acabou! Viva Seráfia! O parlamento está fechado até segunda ordem! O Presidente Rose está foragido, e todos os senhores estão com os mandatos cassados!


Então, ele e seus oficiais saem do plenário. Do lado de fora do prédio um oficial conta-lhe que vasculhou o gabinete do presidente do parlamento, e não encontraram Rose.


Então, decretado o fechamento do Congresso, os soldados tiram os parlamentares do prédio e trancam o Plenário.

O Marechal, então, dá novos comandos à seus soldados preparando-se para ir ao Palácio Real.


Então, iniciam à marcha ao Palácio.

*A ação do desslock já foi considerada ilegal. Essa ação a seguir aconteceu ontem.


William que havia juntado alguns homens no bar Boemios, marcha em direção ao Parlamento juntamente com o Sr.Divily, onde o General Desslock procurava William. Então o mesmo chega ao Parlamento junto aos homens de sua confiança que estavam carregando pistolas, espingardas e algumas pequenas armas.



Ao chegar William se depara com os homens de Desslock e diz:

- Soldados! Nao acredito que trairão a pátria de tal forma! Mas não estou aqui para falar com vós, quero entrar no Parlamento e conversar de homem para homem com seu General. Chame-o já! Chame esse covarde! Divily cuide dos homens que nos seguiram, e só atire se eu mandar.

Divilly, agora beligerante e aprumado, acena afirmativamente e se une à dois brutamontes na posição central da aglomeração.

Sabendo da absurda resistência dos conservadores, o Marechal ordenou a marcha veloz de toda a I Companhia para o Parlamento. Rapidamente, a coluna da companhia aproxima-se do Parlamento. "Cortando" a multidão em duas, abrindo um corredor entre as pessoas, os soldados postam-se em frente ao Parlamento.

Depois, marchando com austeridade e autoridade, e destreza. Dando ordens diversas e bem calculadas, aproxima-se o Marechal Desslock.

- Alto! Homens! Não atirem sem minha ordem direta! Estamos aqui pelo líder disso! William Wallace Rose, tenho um mandato de prisão para ti, apresente-se agora!

Chego ao Parlamento juntamente de alguns fuzileiros,  em seguida desso de meu cavalo e através do rádio falo com o Marechal.

Marechal eu irei falar com o Sr. Rose, mantenha a multidão sobre controle,  iremos acabar com isso de uma vez por todas.
A revolução venceu e nada podem fazer, ordene a captura do ex-rei e leve o para a prisão.

- Não, meu rei. Rose será levado para o Forte de Solitude. Eu cuidarei do Rei, não se preocupe, volte para a aclamação do povo, e o Exercito resolve o resto. E depois preciso falar com você a respeito do Triagono. Mas, agora, vá.

Então prenda o imediatamente, me informe assim que ele for preso, não deixe o Victor escapar.

Em seguida subo em meu cavalo e fico olhando a movimentação com os fuzileiros ao meu redor, depois me viro para os curiosos ali presentes e digo.

Serafianos e serafianas não se preocupem, tudo será resolvido sem o derramamento de sangue, a paz será mantida.
Nunca mais iremos cair nas mãos do marasmo do antigo Rei.

Divilly toma a dianteira da populaça e, à alta voz, grita o novo rei.

-Medeiros! Não manche o nome de vossos antecessores, que tanto lutaram pela nação, com tamanha vergonha! Vós e os fascistas violam tudo! Esquecem-se do Tratado da Unificação! Esquecem-se da Constituição! Afinal, onde nela está escrito que se pode conspirar e privar cidadãos de sua liberdade por causa de uma dedução? Uma errônea dedução! O povo serafiano é tão vítima disto tudo quanto o Sr. Rose e aquele que é o legítimo monarca desta terra! -Divilly vira-se para seus seguidores, e levando um dos punhos aos ares, brada com coragem: "Deus salve o rei Victor!"

- Alto! Cidadão! Isso que proferes é lesa-majestade! Cale-se e desmobilize essa balburdia, ou será preso!

Vendo a oposição do Marechal, Divilly se revigora mais ainda, e continua a uivar:
"Abaixo os ditadores!", "Abaixo o usurpador!", "Não há majestade senão Victor!"

Ao perceber que as coisas tendiam a piorar, Divilly recua, corre através das pessoas e desaparece rua afora, deixando atônita a maioria dos companheiros. Ele, no entanto, promete aos mais próximos que há de voltar com a liberdade de Seráfia, e estes por conseguinte, tomam o lugar dele nos insultos ao governo.